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Prazer em sofrer.


Não existe nome para os sentimentos novos que as pessoas sentem.

A experiência é o escuro formado por todas as armas que já atingiram.

A pessoa se acostuma a buscar e acumuluar tantos não-gostos no dia a dia que ela vira um gigantesco não gosto e acaba não gostando da própria vida em si, vira um reclamador profissional a aos olhos da vida, antropomorfizado, essa criatura sequer tem o direito de viver, e aí começam as tragédias atrás de tragédia e a honra aquela frase "quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece" porque ocultamente a pessoa deseja que a assombração aparece para justificar toda aquela vitalidade despedida em inventar uma vida horrível. a criatura vai ancorando pequenos desgostos no dia-a-dia, embola tudo e cataloga como ódio, e vira as pequenas âncoras somadas e juntas geram uma âncora gigantesca que puxa para baixo a ponto de não se ver mais a luz do sol, quanto mais fundo ainda mais complexo o processo d e saída. Então antes de tudo é necessário fatiar todos os problemas em porções menores, como comer uma pizza, não vai enfiar tudo na boca de uma vez, vai tirar fatias e comer aos poucos... Não resolveu nada ainda, mas pelo menos assim fica mais fácil de entender o'que de fato é esse epidemia moderna do auto-ódio, da depravação, do sofrimento, da depressão, do self pity, sentir pena de si mesmo.

Para falar que você está bem antes você precisa dar certeza a si mesmo que está bem. Se você exterioriza quando perguntado "está tudo bem" mas internamente fica naquela dúvida "ah, mas eu queria ter o carro X, queria ter o celular Y", sequer o seu "estou bem" sai com certeza, nem isso dá concretude para quem vê de fora, nem o "estou bem" é verdadeiro em você. é preciso verdade.

A única pessoa capaz de decidir se você está bem ou não é você mesmo.

Outra coisa é o seguinte, o estar bem é estar bem independente da situação. Se eu estou andando com o meu paletó e o meu fraque novinhos, recém saídos da tintureira, e passa um carro de boi e joga barro em mim e eu fico mal, chateado, já digo "ah, que inferno!" pronto, eu não estava bem não, era mentira minha. O fato é o seguinte, bem de verdade é estar em qualquer situação, mesmo com o terno novo e embarrado, bem! Mesmo mal financeiramente, estou bem! Mesmo não ganhando como o Neymar, estou bem! É isso que é estar bem.

O afirmar algo é um comando para a própria alma! Se você age assim com os outros, porque não age contigo mesmo? Se chega falando mal, reclamando, e você fala "ah, meu amigo, fique bem", porque não age assim com você mesmo?

Antes de qualquer coisa acontecer no teu corpo, no teu visual, na tua prática, ela tem que acontecer no teu vital e no teu astral, ou no que é popularmente conhecido como pensamentos-emoções. Então antes de você acordar em automoto sentindo-se bem, você obrigatoriamente terá de passar por muito exercício mental de estar bem, terá de educar-se para essa finalidade.

A sombra é apenas um lugar que ainda não foi atingida pela luz.

Isso, em si, tem muito a ver com o medo do escuro que há nas pessoas, e também muito a ver com angústia de vários em simplesmente deitar a cabeça e ir dormir. Já reparou que muitas pessoas hoje em dia não conseguem dormir? Parecem ter medo de dormir, assim como tem medo do escuro? É o medo de si mesmas, o medo dos próprios pensamentos, o medo do que vai acontecer quando elas estiverem fechadas e sozinhas, sozinhas no mundo que elas criam!

Quando você deita para dormir, quando você fica sozinho no escuro, não vale o que você diz! Não vale o que você aparenta, o que você quer mostrar para os outros assim, com tanta exaltação, essa personalidade tão consolidada que você deseja com ardor externar como única, quando você está sozinho e no escuro a única coisa que é vale é você mesmo, de verdade, o que está aí "dentro da sua cabeça". E aí, você tem medo?

E aí, nessa mentalidade do externar algo que de fato é incongruente com o interno, geram-se medos e mais medos e mais medos e mais medos, e acima de tudo isso sabe o que? O prazer em sentir esses medos! Um prazer velado em sentir medo que se apodera tanto de ti e faz com que tu não tenha só medo do escuro, como também tenha medo do amanhã, porque amanhã parece ser escuro. Passa a ter medo do futuro, porque o futuro parece ser escuro. Passa a ter medo do que tu não conhece, porque isso são sombras para ti. Quando na realidade, o amanhã, o futuro, o desconhecido, são apenas partes de ti, são todas projeções tuas, são tudo aquilo que existem quando tu está quieto, que existem por trás das máscaras do dia-a-dia. Quando tu aprende a domar esse turbilhão de pensamentos romantizados e impúberes, medrosos, começa a perceber que o amanhã será tão maravilhoso quanto o hoje, que o futuro será tão perfeito quanto o agora e que o escuro é tão pleno quanto a luz, só ainda não foi embelezada por ela.

Isso é um trabalho e carece descanso, mas após o descanso esse trabalho carece continuidade. É como pensar assim, que se construíram pirâmides, grandes obras, prédios, carros, aviões, planetas, natureza, tudo em um dia só. Não. Foram necessários vários dias e vários descansos que ao longo formam um trabalho constante. Até o sol dá descanso para a terra e a gente tem a noite.

E essa continuidade focada, esse descansado focado, é extremamente importante porque é o seguinte, é necessário seguir o plano até o final para dar ele por acabado. Ora, não é possível que se construa um prédio se o engenheiro todo dia, quando dá seis horas, fechar tudo e jogar o plano fora, daí no dia seguinte ele começa a escrever, as oito da manhã, um plano novo tentando mais ou menos lembrar do que já tinha feito antes, ou nem isso, tentando começar do zero. Ele tem que ter continuidade. Da mesma forma é o seguinte, eu não posso dar por terminado o prédio se ainda nele tem muitas coisas por fazer, apesar de isso ser uma prática comum nas entregas públicas brasileiras, né? Então assim, se eu sentia-me em depressão antes, passei a perceber os conjuntos de características que formavam a dita depressão em mim, iniciei o trabalho de mudança, hoje digo que já não sou mais depressivo mas todo dia acordo com o princípio depressivo-depreciativo e apenas o ignoro, repetindo que não é verdade, como alguém que ignora as rachaduras na estrutura do prédio só para poder entregar ele logo, então eu estou fazendo errado! O pior caminho para se estar é no limbo entre o amor eo ódio, pois eu nem sai completamente do ódio, nem entrei no amor verdadeiro ainda, mas fico fingindo que está tudo ok. Então apenas não finja felicidade, não finja concretude, seja neutro e compreenda o que está se apresentando, só aí você percebe as razões que existiam em você para te levar a configurar esse tipo de vida que leva agora... Entende? Ninguém come uma comida que não lhe apetece! Você não entrou nessa onda de sentir-se mal sem motivo algum, o caminho do fatiamento da pizza é justamente o entender esses motivos um a um para sublimá-los.

Entenda o seguinte também, você não é o erro. Você não é o sentimento. Você não é a emoção. Você não é o pensamento. Você TEM esse, este, aquele. Você tem errado, você tem sentimentos, você tem emoções, Você tem pensamentos. Controle-os! Você é o cocheiro da carruagem! Não é o carro, ou os cavalos, é o cocheiro! O mandante! Você decide para onde ela vai, e por conseguinte, você é quem alimenta os cavalos e é você quem dá banho e faz a manutenção da carruagem.

Entenda outra coisa. Sabe a prática do deixar um café pago para quem precisa? Então, assim, você, ao longo da sua existência, tem deixado pago diversos cafés amargos para si mesmo, ou cheios de açúcar, ou muito aguados, ou muito fortes, enfim, você tem deixado inúmeros, acumulado diversos cafés ao longo da existência. Chega um ponto, um momento de consciência em que você pára e começa a tirar esses cafés, chega a hora de consumir esses cafés. Agora você deve pedir ao barista que sirva café por café, e você vai sentar e experienciar um por um, sentir cada diferença de tonalidade no que você deixou reservado para você mesmo, e... Sem reclamar! Pois reclamar é começar a pagar outros cafés para tirar depois, afinal, agora você já está bebendo os que foram pagos antes, e um por um, porquê? Se tomar todos de uma vez tu vai te queimar, te embotar, ter taquicardia, ter gastrite, passar mal, suor, enfim, não vai fazer bem. Então foco, paciência e consciência. A coisa vai se acertar, os cafés vão se terminar até o dia em que do bar comece a surgir alguns cafés mais saborosos, mais salutares, mais especiais, exóticos únicos, diferentes e, por vezes, até meio estranhos e indescritíveis, como aqueles que passam pelo sistema digestivo de algum animal oriental.

A criatura fica tão ancorada nessas coisas que fica estagnada e dá essa ideia, essa impressão de estar parado! De que nada vai pra frente, de que tudo que ela tenta acaba voltando pro  mesmo lugar, que fica rodeando o mesmo ponto exatamente como barco com a âncora jogada, mas é os seguinte, a terra se move, o sistema solar se move, a via láctea se move, galáxia, universo, tudo se move. O corpo cresce, expande, contrai.. Nada está parado, a não ser o seu mental, a sua mentalidade, o seu pensamento, parado no mesmo lugar por puro prazer de sentir-se vítima! Puro prazer de sofrer!

E aí, esses pensamentos deturpados, essa viagem mental que se faz para terras distantes, estranhas, bizarras, "escuras", geram tamanha dicotomia com o real que a criatura se desencadeia totalmente do processo da vida, da experiência que é viver, e fica parada no mesmo lugar viajando em si mesma, angustiada, revoltada, rebelada, raivosa, tudo está errado, todos estão errados, mas a única coisa que está errada ali é o modo em si de pensar.

Não se pode criar, também, uma casa onde as paredes são apenas de tijolos, é necessário ter a massa que une todos, o cimento que densifica essas paredes, senão na primeira força contrária a casa desabada. E o que é o cimento que une todo esses sentimentos positivos, esse positivismo para com a vida, que gera criatividade, que gera o caminhar para frente, que gera o enxergar longe? Amor. É simples. Não é discurso de hipponga, o amor para todos, amor universal, fraterno, amor de irmão para irmão, é o que gera o respeito intrínseco a vida, as pessoas, ao mundo, a natureza em si e a natureza das coisas. Amor é o que vai te permitir não só entender mais coisas, enxergar as coisas como são, mas também perceber que tem coisas que tu não entende, tem erros que a gente comete, e que é da própria natureza cometer esses erros, portanto não culpar-se por eles, não diminuir-se por eles, não depreciar-se por eles. É uma coisa muito simples.

Ao contrário dos preceitos do Pablo Escobar, baseado em muitos doutrinadores,  e repetido a torto e direito no dia-a-dia de muitas pessoas, a maioria desesperadas, raivosas, aquela coisa de "objetivo da guerra é trazer a paz", ué, pode até ser o teu objetivo falacioso de entrar em uma guerra, mas NUNCA uma guerra traz paz. A paz é o resultado do amor, é o resultado do conhecimento, paz e neutralidade!

Outra, a mudança não é assim, pá-pum. Ela pode parecer num dia, pois você acorda extremamente feliz de repente por estar aberto a novos conhecimentos, mas aquilo vai ser passageiro porque a verdadeira alegria é a neutralidade. Então você foi dormir depressivo, mas tinha lido alguma coisas que te ajudou a mudar, aí acorda "ahhh hoje vai ser um dia diferente, vou fazer X coisas, vou ser feliz" aí vai, dorme de novo, e acorda DUAS VEZES mais chateado que no pior dos dias de antes, claro, porque a depressão precisa se alimentar de você ainda! É um processo lento, nada é da noite para o dia, entende? Por exemplo, por mais que Porto Alegre pareça ter todas as estações do ano em uma semana, que tenha calor absurdo e chuva fria de um dia para o outro, o termômetro nunca vai conseguir pular dos cinco graus para os 37 em uma fração de segundos, não! Ele vai para o cinco ponto um, cinco ponto dois, cinco ponto três, cinco ponto quatro, seis, oito, dez, quinze, vinte, vinte e cinco, trinta e cinco, trinta e sete. É um caminho lento, demorado, com graus, com degraus, uma escada que você sobe ou desce, mas que só você é capaz de descer ou subir, sozinho.

E a subida é para onde?

Pois as pessoas têm conceituado em si, o que é propagandeado hoje em dia pelo menos, são conceitos de felicidade ( ou o topo da escada) efémeros, são felicidade temporárias baseadas única e exclusivamente na momentaneidade da satisfação de pequenos desejos no dia-a-adia. Aí o que acontece com a felicidade? Ela se torna o seguinte, ela começa lá quando eu passo a desejar, aspirar possuir um bem ou passar por uma experiência, aí caminho até esse bem, caminho até essa experiência, eu realizo esse bem e essa experiência e eis a felicidade acontecendo, só que no momento em que eu comprei esse bem, passou uns dias e esse bem deixou de ser novo, a felicidade deixou de existir para mim. Ou, assim, eu almejo viajar para a China, aí eu fui lá, passei cinco dias muito felizes na China, voltei para Porto Alegre, o que acontece? A felicidade efêmera, falsa, não tem mais embasamento para existir e eu volto para o estado da letargia usual. Eu desejo comer uma lasanha, aí eu vou lá trabalho um monte para poder pagar a lasanha mais cara da cidade, aí eu sento, como a lasanha e vem aquela felicidade absurda de comer a lasanha. Então a felicidade está atrelada diretamente a um permanente satisfazer de pequenos e efêmeros desejos e a infelicidade é aquela constante que acontece exatamente quando os desejos não estão sendo atendidos, então o conceito é o de que a infelicidade é a base, e que a felicidade é loteria. Que a infelicidade é o concreto, e a felicidade é o raro. E o que acontece nisso? Como ser não vive sem prazer, pois o prazer em si é atrelado ao ser humano, viver é prazer, há prazer em viver, a própria constante infelicidade se torna um prazer velado, oculto. Acaba que a própria infelicidade gera um prazer ainda mais que a felicidade. A felicidade de eu comer a lasanha vai durar 30 minutos, a infelicidade de eu almejar comer a lasanha vai durar os cinco dias que eu vou esperar pela reserva do restaurante, mais aquele mês de trabalho que eu tive para receber o salário. Aí outro fato é o seguinte, ao ser efêmera essa felicidade, ao ser passageira, a criatura coloca em si mesma a seguinte configuração "a minha felicidade é passageira, a minha felicidade termina, logo, é melhor eu já ser infeliz como um todo, porque mesmo ao ser feliz eu vou voltar a ser infeliz, então é mais econômico eu já ser infeliz logo de uma vez só para evitar que eu 'me torne' infeliz".

E nessas o que aparece para a gente? O pessimismo. O pessimismo, o pessimista, nada mais é que a criatura que tem medo de ser otimista! Primeiro, porque ela pensa que a felicidade é efêmera, passageira e termina, e segundo porque ela tem medo do novo, do diferente, do imprevisto, e portanto ela nem tenta, entender? É o seguinte pensamento "ah, se eu vou acabar sofrendo depois de ser feliz, então eu já fico infeliz agora e economizo tempo".

É uma questão de economia.

Assim, então como eu resolvo isso?

O estado individual de cada um, é individual é totalmente diferente de individualismo, o estado individual de cada um deve ser preservado, mantido. O bem estar em cada um deve sofrer manutenção independente de como está o externo. O interno deve se preservar. E sabe, não é aquilo de "ah, pega os limões que a vida dá e faça uma limonada" por que a vida não te dá limão algum que você não tenha procurado, e outra, às vezes nem o limão a vida oferece, o que eu quero dizer com isso é que nem sempre o dia-a-dia vai te oferecer motivos para ser estupidamente feliz, o que cabe a você é ser neutro! A vida é bonita, é perfumada e tem espinhos, se você se afoba, e ao se apaixonar pelo perfume da rosa vai lá e enfia a mão para arrancar ela do jardim, você se machuca. E aí, a rosa é a culpada por isso? A rosa é boa ou é malvada? A rosa te causou prazer ou te causou dor? Nem um, nem outro, a rosa é a rosa, a rosa é neutra, a vida é a vida, a vida é neutra, é você que decide como vai encarar essa experiÊncia.

Agora, voltando ao papo de fatiar os problemas para resolvê-los, fatiar a sua depressão para entender cada ponto que te faz chateado com a vida, é o seguinte, você pode pegar uma rosa só, espetar-se em um espinho só, acalmar-se e compreender que realmente, você foi um pouco afobado em tentar pegar arrancar a rosa até porque ela deixaria de fazer o perfume que te chamou atenção para início de conversa, ou então você vai lá, se joga de cabeça no jardim e tentar rasgar todas as rosas pelo simples e puro prazer de ter todas as rosas para si, e quando você vê sua roupa ta vermelha mas não dá rosa e sim do sangue porque você se cortou um monte com todos os inúmeros espinhos das inúmeras rosas que você cortou sem a menor necessidade, destruiu o jardim por puro prazer e luxo e amanhã nem vai conseguir ter o perfume que teve hoje. Mas olha só, a beleza é a seguinte, mesmo assim você pode parar, compreender o que fez, fazer uns curativos em você mesmo, tomar um banho, trocar de roupa, e o seguinte, no dia seguinte você vai voltar naquele jardim, mas dessa vez vai distribuir novas sementes que você vai passar a regar diariamente até que aquele jardim volte mais forte e belo e perfumado que antes.


Então qual a relação disso com o trabalho? Seguinte, se diz que o'trabalho enaltece o homem, honra, dignifica. Mas não é o trabalho em que tu é escravo desses pequenos prazeres efêmeros, os luxos de arrancar rosas sem cuidar do jardim, não é o trabalho em que tu te submete a qualquer coisa pelo simples retorno financeiro a fim de cumprir seus desejos e expectativas, como um verdadeiro escravo de si mesmo, trabalhando para comprar supérfluos, fúteis. É o trabalho para o bem de todos, é aquele verdadeiro do "fazer o bem sem olhar a quem", é o que te traz o essencial para a vida que tu precisa, não o que a mídia diz que tu deveria ter. "Ah, eu trabalho porque eu preciso sobreviver", mas o que é sobreviver para ti? "Ah, sobreviver, e comprar umas coisinhas, né, ficar tranquilo"? Que coisinhas? "Ah, eu um carro, um celular, um prédio". E tu vai ficar tranquilo e vai viver bem e feliz com isso? "Ah, sim, eu pago seguro, daí eu fico tranquilo, aí eu continuo trabalhando para pagar os impostos, e as dívidas, e trocar para os modelos mais novos, e as marcas que estão na moda, e o bairro que está na moda e blablabla". Então assim, deseja ser feliz? Deseja uma vida tranquila de realidade? Deseja trabalhar para o bem? Então desenvolve o que quer que seja para a tua família, a tua comunidade, a tua nação, o teu mundo, teus irmãos, a humanidade, só assim tu terás pacifismo, harmonia e verdadeira felicidade. Por que tanto um lixeiro quanto um advogado podem trabalhar para o mal, tanto um carpinteiro quanto um funcionário público podem ser corruptos.

E aí se vê no dia-a-adia as criaturas, como se reclama muito hoje, criaturas reclamando disso e daquilo mas que todo mundo vê que sequer podem reclamar pois vivem afundadas em corrupção, são corrompidas em casa, na família, na rotina, é perceptível! São pessoas que enxergam uma multidão sedenta por água e vende galões vazios fingindo que estão cheios, mas no primeiro gole já se percebe, a coisa não se sustenta. Ou a criatura finge vender pequenas doses de amor mas em realidade ela tem é uma caixa d'água do mais puro ódio. E essa dicotomia, essa falsidade, essa falácia, é o que sustenta a própria depressão, e o que foi falado antes sobre o medo do escuro, o medo de ficar sozinho consigo mesmo, porque o estar sozinho na frente do espelho no escuro e falar três vezes maria degolada, quem vai aparecer é nada mais que o teu próprio reflexo sem máscaras, sem maquiagem, sem a roupinha bonita e de marca.

O trabalho tem que ser lazer, o trabalho tem que ser prazeroso, e assim só o será quando a criatura não estiver focada nas coisas erradas, focada em repetir erros diariamente fingindo que está acertando, a única satisfação verdadeira é a de dever cumprido. por isso que tem político com salários de dezenas de milhares de reais, fazendo absolutamente nada, gastando com absolutamente nada, e roubando mais e mais milhões de reais, por que? Porque é impossível satisfazer-se com o que não precisa! É simplesmente impossível! A única satisfação é fazer o correto, como aquela criatura que mais precisa, achar uma pasta com milhares de reais e devolve, porque? Ela sabe que dormir com a consciência tranquila é o que vai lhe dar prazer de verdade, esse é o trabalho que dignifica o homem, a vida!

A vida é uma dádiva

Então assim, andou por um caminho errado? lamenta-se pelo caminho errado? Chega disso. Chega de colocar mais cafés ruins para você mesmo tomar, e faça o seguinte, passe a enxergar o erro passado como o caminho correto para você chegar onde está hoje e pronto, o próprio caminho muda. Do erro ao acerto, das trevas à luz. É como eu viajar para um lugar, em dado momento eu erro a entrada da estrada, eu percebo que errei a entrada da estrada mas em vez de trocar o caminho para chegar no meu objetivo eu simplesmente continuo na estrada errada porque "ah, já estou aqui mesmo, aqui vou continuar", não faz sentido, não tem lógica, nunca é tarde para trocar a estrada, não existe hora para chegar no objetivo pois o chegar no objetivo só se concretiza quando você chegar lá. As pessoas que te esperam na outra cidade não vão deixar você de lado só porque você demorou uma hora mais do que planejado.

Então, é o seguinte, aprenda a dormir, aprenda a acordar, aprenda a enxergar as derivadas da vida, reaprenda a ver o dia ensolarado, o dia chuvoso, o dia frio, o dia quente, como são: neutros. São telas em branco esperando que você as pinte, a escolha das cores, a escolha do cenário, o que vai ficar registrado ali naquele quadro é responsabilidade do pintor. Faça uma boa arte.

Sabe qual é uma boa prova de que você está realmente vivendo uma boa vida? A quantidade de coisas inesperadas que acontecem! Isso é viver uma boa vida, o novo, o inédito, o não esperado, isso são os indícios de que você está realmente trilhando o caminho que cabe a você. Ora, trilhar o caminho dos outros, trilhar o caminho mais conhecido é saber o que vai passar.

Então, "ah, eu errei, ah eu tenho motivos para ser isso ou aquilo", ótimo, esses supostos motivos que você usa para ser triste sao os exatos motivos que deveriam te deixar feliz, sao as coisas que aconteceram com você e que só aconteceriam com você, e as coisas em si aconteceram com você para que você tomasse as redes e resolvesse.

Está em um lugar onde só se respira isso.

A complexidade da vida se dá por tentar abraçar muitas coisas ao mesmo tempo.
É como alguém que não sabe nadar e cai na piscina, na tentativa desesperada de sair da água a criatura se mexe para todos os lados e faz um esforço absolutamente superior


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