Uma das características da matéria, o que forma você, a sua cadeira, a mesa e basicamente tudo à sua volta, por mais que não pareça, é a descontinuidade. O que aparentemente é sólido é uma coesão de pequenas partes que se aproximam e assim se mantém por uma vibração primordial.
Mas a descontinuidade está nos espaços vazios entre cada pequena parte (ou átomos), e este espaço vazio entre as partes sempre é maior que a própria matéria.
Então, se você pegar o átomo, o espaço existente nele entre a sua órbita e o núcleo é maior que a própria matéria aparente, veja bem, você provavelmente já ouviu algum professor de ensino médio falar que se o átomo fosse um estádio de futebol, o núcleo seria do tamanho de um grão ou, se ele for "exagerado", uma bola.
O somatório dos prótons, nêutrons e elétrons, comparado com a área que o átomo ocupa, mantido dentro deste sistema de energia, é menor que o espaço vazio por ela "ocupado". Um exemplo, suponhamos que você more em um apartamento, mas o que você define como sendo o apartamento? Provavelmente a principal característica seria um conjunto de paredes que formam diferentes ambientes somando um grande espaço. A matéria são as paredes desse apartamento, e o volume dos ambientes é o verdadeiro espaço que ele ocupa. Quem olha de fora, apenas enxerga paredes (ou, no caso, o edifício inteiro).
Em outro exemplo, talvez ainda um pouco mais visual, encha um balde com bolas de gude. O balde estará cheio, pesado, tangível, intransponível, mas por entre elas haverá o espaço vazio uma vez que o formato esférico não permite o perfeito encaixe espacial.
Mas para tornar ainda mais visível este abstrato, nesse balde cheio de bolas de gude eu acrescento areia para tentar preencher os espaços vazios. Aparentemente com sucesso, o balde com as bolinhas e a areia parece mais fechado agora, mas ainda há espaço vazio por entre os grãos. Então eu acrescento água e aquela papa formada por toda mistura realmente parece não permitir passar nada mas... sim, ainda há espaço vazio. Eu, então, coloco cimento e solidifico aquilo, fazendo com que a tangibilidade do concreto me leve a concluir que realmente, agora não há espaço vazio agora pois está sólido. Mas, sim, ainda há espaço vazio.
Sempre, por mais que se acrescente algo, haverá espaço vazio.
Fizemos esse caminho para mostrar o que é o trabalho da mente concreta, ou a lógica humana.
A lógica divina são os passos extras que caminhamos a partir do entendimento de que sempre haverá esse vazio a ser preenchido.
A lógica divina seria atma, budi e manas, ou no bom português: a mente abstrata, onde se assenta a lógica unificada, a soma do divino com o humano.
A gente, nos caminhos dos estudos tende a separar, mas a grande realidade é que são uma só. O nome da mente concreta com a mente abstrata, a unificação destes dois pensamentos, a perfeita união e controle da sua geração em prática visível e invisível, é khama manas. O corpo mental, ou a matéria da mente, a matéria menos densa. O contrário, a matéria mais densa nessa situação é o khama rupa, ou o que seriam nossos desejos, o que o esoterismo moderno, ou os livros new age, tratam como o dito "astral", que inclusive virou premissa de novela da Globo.
Tendemos a pensar, quando nos aprofundamos nos estudos iniciáticos, "eu tenho corpo físico, vital, astral, e tenho o mental concreto, abstrato" e assim vai subindo, ou olhando para cima, muito fundamentado no mito do céu, do ser superior que está fora, e não dentro.
Mas a realidade é o contrário, os estágios superiores estão em caminho interno, para o interior, para dentro (eis o porquê da quantidade de pirâmides/templos iniciáticos egípcios estarem no subsolo).
O seu caminho para o divino é interno.
Então, por exemplo, visualize o seu próprio corpo físico. Onde está o seu corpo vital? O corpo vital é o conjunto de forças que vitaliza o seu corpo físico, portanto, o corpo vital situa-se nos vazios do seu corpo físico.
Cada átomo do corpo físico, em seu vazio, preenche-se o corpo vital, como os torcedores dentro do estádio. Esse corpo vital, claro, pode projetar-se para fora por não haver limitantes senão o próprio interesse e desenvolver singular, então partindo do vazio do seu corpo físico, o corpo vital vai preenchê-lo e pode projetar-se por milímetros, centímetros ou metros, e interagir com o ambiente que lhe cerca.
Isso faz parte de você! É você! É parte do que você é, da força que leva você à existir.
Então, nos vazios do corpo físico está o corpo vital, nos vazios do vital está o corpo astral, nos vazios do corpo astral está o corpo mental, nos vazios do mental, budhi, nos vazios de budhi, atmã, o corpo atmico.
Então, a divindade buscada fora está fisicamente em vocÊ, no seu âmago mais interno, mais pessoal.
E se diz, "ah, ele morreu, agora ele vai para um lugar melhor".
Não obrigatoriamente. O seu conjunto de corpos está em seu lugar de direito durante a vida e quando morrer, ou seja, quando perdemos o corpo físico, o seu corpo astral vai tender a permanecer exatamente onde já esteja pois ele já não mais possui a mecânica disponibilizada para o seu caminhar pela terra.
Para onde vai, então? Ué, vai depender de cada pessoa.
O corpo mental de cada um deveria ser a soma perfeitamente balanceada entre o concreto e o abstrato, a arte e a ciência, a poesia e a palestra, mas no ciclo atual temos a mente concreta com mais força apoiada e misturada com o plano astral (ou as emoções, sentimentos, reações, desejos) enquanto a mente abstrata busca formas de evolução.
Ao invés de termos hoje a mistura da mente concreta, ou o que seria a lógica humana, com a mente abstrata, ou o que seria o divino.
O entrelaçamento do mental concreto, khama manas, com o plano astral, khama rupa, é o que se conceitua na tradição ocidental "moderna" como a alma. Então a alma humana, como existe hoje, não deveria existir, é um atraso evolucional, é um engano na forma de lidar com a mecânica da vida causada naturalmente por ignorância inocente, pois as pessoas estão cada vez mais afastadas deste tipo de autoconhecimento.
Mas então no futuro o ser humano não vai ter alma?
Não nesse conceito atual do que é a alma.
Cada parte do ser humano deveria ser independente tocando uma na outra de forma livre, ou seja, o pensamento mais elevado deve interagir com o astral mais denso (a emoção) para que dessa mistura ambos se resolvam. Como está misturado as pessoas não conseguem agir por lógica, ou seja, a lógica não determina emoções, instintos, sentimentos, exatamente por isso vemos pessoas agindo por emoção, por instinto, ou se permitindo "perder a razão", sabe, como quando você ouve alguém dizer "nossa, eu nem lembro do que fiz" ou "nossa, agi por impulso" ou "reagi no calor do momento".
A escala evolucional humana é como um foguete que solta suas partes, não como algo que soma cada vez mais, por isso o termo comum no esoterismo, que foi transladado para a psicologia moderna, de sublimação dos problemas. O que muda de um degrau para o outro nestes estágios de consciência é apenas a parte mais densa onde isso acontece.
Neste momento, no quarto estágio evolucional corpóreo, estamos no limite do que atualmente conseguimos chegar utilizando a matéria universal (eis o porque do começo falando sobre a descontinuação da matéria, ou os espaços vazios existentes entre o que aparentemente enxergamos).
Não existe matéria mais densa que a atual.
A tendência é que nos próximos pontos de evolução nítidos, ou nos próximos estágios de consciência, não haja mais a necessidade de tamanha densidade da matéria pois os motivos que levaram ela a existir já não se fazem mais presentes, foram sublimados, eis o porquê de criar-se o mito do espírito santo, ou da concepção de que fantasmas vagam por aí podendo atravessar paredes, ou de que o ser evoluído pode voar e andar sob águas, teletransportar-se, ou estágios de meditação do budismo em que o corpo transforma-se em luz, deixando para trás apenas a roupa do corpo, como algumas histórias de prisões no oriente.
Nós, agora, somos a matéria mais avançada do universo.
A tendência é que no ponto seguinte o corpo mais denso já não seja o corpo físico, então partiremos para o corpo astral como principal, depois para o mental.
Se eu tenho a parte mais densa de mim no corpo mental, o que sobra "para cima", ou como superior, ou como próxima escala evolucional, budhi e atmã. Pois o corpo mental seria a mistura perfeita de concreto e abstrato. Se meu corpo mais denso, ou a minha escala evolucional atual, está em budhi, "para cima" tenho apenas athmã. Se for athmã eu tenho consciÊncia plena, sem outra etapa seguinte.
Mas veja bem, não há como pular essas etapas de densidade, o que é possível fazer é trabalhar logicamente para que a consciência necessária para tal evolução seja apressada, ou nessa escala evolucional, as sementes sejam plantadas com antecedência para que consciente você comece a agir em perfeito equilíbrio, por exemplo, do concreto e o abstrato, mesmo envolto à uma sociedade que preza pelo emocional, que vende o instinto, o impulso.
Imagine que o logos, ou a divindade de onde emana tudo, seja o sol (como pregado pela maioria das religiões antigas). O atmã, budhi e manas, juntos são o ego.
Um pequeno adendo aqui, correntes psicológicas modernas pregam a morte do ego, a destruição do ego, algo impossível, improvável e altamente falacioso pois o pensar que o ego foi destruído é fruto senão somente do próprio ego.
O ego é imperecível, é a junção destas três forças que, como uma pirâmide invertida se compactuam para a realização do ser humano, é uma unidade evolucional.
Então voltamos ao sol: a divindade de onde tudo emana. Eu tenho um espelho, o espelho é o ego (a junção dos três superiores) e quem contempla essa interação é a personalidade. O meu trabalho como personalidade é polir este espelho para permitir que a interação entre as forças seja a mais transparente, clara e bela possível, que tenha menos interferências. O que pode ser resumido de tal forma que, quanto mais eu conseguir me ver na minha individualidade, mais eu vejo através de mim o próprio sol, ou seja, mais o próprio todo.
Manas, a mente, precisa interagir com o meio.
O que é lógica?
Do grego logikos, tem duas variantes, como ciência tem sua base em Aristóteles, e como ela é compreendida hoje é a ciência de buscar a verdade ou a resposta correta baseada em análise. Você recebe vários elementos, analisa em busca de coerência, expressa está coerência e então a conclusão é lógica.
A lógica pode ser formal, aquela que determina, cria e define elementos e métodos para que você coloque a própria lógica em prática.
A lógica aplicada, é a formal em uso na ciência.
O logikhe tem por base o logos, o logos é em si, basicamente o som, o verbo, a vibração primordial que sustenta tudo e todos, então na própria interpretação da palavra lógica a demonstração de que são duas coisas, a logike, que seria a lógica divina, e o logikos, que é a lógica humana, o entendimento aplicável do justo.
E como há então está interação?
Se eu pego a eletricidade e aplico a um filamento incandescente eu tenho a luz, se aplico ao motor, tenho movimento, se aplico ao aquecedor, tenho calor, se aplico a substância química, gero eletrólise.
A eletricidade é um princípio único que dependendo de onde aplico eu tenho um resultado diferente perceptível aos meus cinco sentidos.
Há uma energia única do universo que a todos move, polarizada em fohat e kundalini, para nós ela chega como prana mas ainda assim é eletricidade como nas diferentes aplicações em cada matéria.
Esse princípio, força universal, essa mola propulsora do universo, agindo no corpo humano, dependendo de qual plano vai agir vai gerar diferente resultado. Quando ela age no mundo externo ela gera vibrações que mantém tudo e todos, essa força é o que gera o proprio conceito de matéria.
Então essa força agindo no plano vital vai criar a eletricidade que permite o conceito de vida. Agindo no astral vai gerar um empuxo que permite que se crie as forças no astral que gera as emoções. Essa força agindo na mente concreta cria o que nós chamamos de pensamento. Agindo na mente abstrata deriva (caso esteja bem estabelecida com a mente concreta) aquilo que chamamos de intuição. Agindo no plano budico cria aquilo que chamamos de amor derivado em duas ramas: amor-sabedoria. E agindo no plano athmico deriva na compreensão do plano todo restabelecendo uma relação integrativa com a própria força
Essas são as interações da força universal com os planos que conceituamos como ser humano.
A forma que esse conjunto de situações, uma dentro da outra como aquela boneca russa matrioshka, é trazer integridade a todos os níveis.
A forma dessa unidade que nós temos de interagir com o meio é através da percepção que temos dessa força interagindo com a suposta matéria externa (que em athmã percebemos ser parte de nós também).
Essa interação supostamente visual, tangível, olfativa, é o que nos permite pesar, medir e contar, criando assim a lógica humana.
Esse verbo inicial, ou som, ou vibração primordial é o que as tradições denotam como sendo a prática do OHM, ou óm, ou aum, ou ão. Mas na prática mesmo o som não existe, o que existe é a vibração que agindo em mim se propaga até meu poder de audição e então por mim é entendido como som.
Nós temos cinco poderes desenvolvidos e mais por desenvolver, o primeiro poder desenvolvido é justamente este, o da audição, que fundamentalmente, através da introspecção, você pode perceber que é o poder de transformar o som em imagem, quando você ouve algo você enxerga. Por que isso acontece? Por que a mente concreta, manas inferior, só trabalha em imagem, ela precisa fazer a imagem do que for para funcionar.
Quando alguém fala com você, é a voz dela que chega até você?
Não, as cordas vocais vibram e criam um determinado tipo de vibração com amplitudes diferentes e alturas diferentes que se projetam no meio e essa onda trafega no meio que parece separar a pessoa de você (nos supostos espaços vazios) e aí essa onda ao ser captada pelo sistema auditivo, transferida pelo sistema nervoso e traduzida como algo, esse algo vai para a mente concreta, a mente concreta busca outras coisas que sejam parecidas (outras experiências prévias), vai comparar com tudo aquilo que 'está ali", o seu banco de idiomas e baseado nisso é reconhecido, entrelaçado, se torna uma palavra com sentido, o conjunto de palavras com sentido formam uma frase semântica, esse sentido é trabalhado e volta pelo o sistema nervoso para as suas próprias cordas vocais e você fala "não entendi nada do que você falou, para mim não tem lógica", pois o que ele falou não tem símile em você, é uma interação entre forças.
Então os cinco sentidos pegam tudo que há no mundo que nos cerca e leva para manas, a mente, em manas é decidido se isso é armazenado ou não. Dependendo do que for armazenado, isso vira o conhecimento de cada um.
A ciência moderna então trabalha enxergando isso da seguinte forma, a informação vai ao sistema cérebro-espinhal, esse sistema é um conjunto de coordenadas, há um conjunto de neurônios que faz sinapse que geram impulsos elétricos de determinada frequência que sejam de mesmo tipo daquilo que você já possui armazenado eletronicamente.
Essa é a forma como a mente concreta trabalha e permite que nós tenhamos algo conceituado como a lógica humana. Então a lógica humana é baseada somente na interação que meus cinco poderes (sentidos) tem com o meio. Tudo o que eu tenho sentido, tocado, visto, cheirado, experimentado, é o que me permite usar a lógica humana.
A característica da mente concreta é a razoabilidade, e a lógica portanto é o encadeamento desta razoabilidade. Quanto mais eu a mente concreta entrelaçada com o astral, a determinante de ouvir alguém falar e invés de emitir conhecimento lógico baseado na lógica, como está entrelaçado com o astral, manas vai agir de tal forma:
- Fulano falou A, B e C.
- A está certo, B está certo, C está certo.
- Fulano tem razão.
- Fulano tem razão, logo emita concordância.
Mas como há mistura com o astral, haverá determinância da emoção, e invés dessa conclusão terminar aí, a emoção e sobrepõe e antes disso surgir verbalizado haverá um filtro que deturpa a mensagem de tal forma:
- Ah, mas isso você inventou! Ah, mas no outro dia você agiu de forma diferente do que está falando agora.
Há, então, uma distorção da lógica pela mistura com a emoção.
Então nós, assim, podemos perceber que há um certo degrau entre a lógica humana e a lógica divina superior.
Pois o que pode ser ilógico humanamente não obrigatoriamente é ilógico ao divino, aliás, nunca é pois a lógica divina não possui falha, é o perfeito equilíbrio e seu entendimento.
Essa mistura do astral com as possibilidades da lógica humana é perfeitamente inteligível pelo ser ainda que de forma inconsciente, pois bem vejamos, quando você apresenta um perfume para alguém a tendência desta pessoa é fechar os olhos para sentir, por qual motivo? Para fazer com que as outras interações não atrapalhem o seu foco na mecânica de manas em olfato.
Quando você quer prestar atenção em uma palestra consegue desligar os outros sentidos para que a quantidade de pessoas, outros barulhos, o calor ou o desconforto da cadeira não atrapalhe as ideias que por você devem ser assimiladas.
Do contrário, quando você tenta conversar com alguém e percebe que essa pessoa parece não prestar atenção no que você fala, pois há tantas imagens mentais sendo trabalhadas por aquela pessoa que a sua é mais uma dentre várias.
E quando você conversa com alguém e pergunta "o que você acha?" "qual a sua opinião sobre o que você parece estar ouvindo até agora mas não entendeu?" obrigatoriamente tudo aquilo que foi formado em imagens mentais no receptor surge de forma fugaz em turbilhão como uma inundação de coisas que, por vezes, faz com que a pessoa sequer consiga responder ou formular qualquer comentário, gerando aquele famoso "hmm, ããã".
O jinana shakti, ou poder de gerar ideias mentais na tradição oriental, entendendo essa mecânica de funcionamento explica que a fundamentação da inteligência está justamente em estabelecer tamanho controle mental que permita que você pense uma coisa de cada vez, o que parece fácil mas não é bem assim, ainda que façamos algumas coisas por instinto que nos levem a isso, como fechar os olhos para pensar, ou levantar o olhar para "buscar" algo que não lembramos, fechar os ouvidos quando não queremos ouvir.
A dharana, ou suprema concentração, é conseguir estabelecer foco em apenas uma coisa. A mente humana perturbada, que pode ser claramente vista pelo comportamento corporal, ético, social do outro é aquele de alguém que tenta se concentrar em uma coisa e de repente surge outro pensamento, e outro, e outro, e vira aquela casa da mãe joana em que a criatura não consegue chegar a conclusão alguma.
Então quando alguém pergunta "o que você achou disso" quando percebe que vocÊ não prestou atenção supostamente, como um aluno em sala de aula, coloca-te em uma situação em que você deve parar, olhar para trás e juntar os cacos de vidro que ficaram espalhados pelo chão para entrelaçar novamente e reformular algo. Vai pegar todas imagens mentais e e comparar com as imagens mentais já previamente existentes e mantidas por você, vai deduzir pela lógica humana e dizer "olha, eu entendo isso, aquilo e tal".
E onde está a lógica divina?
Primeiro que usar o termo lógica para o divino como o logikos não funciona pois ele não usa o "pesado, medido e contado", pois quando você passa para a mente abstrata já há intuição, então a lógica da mente abstrata é instantaneidade, é contrário ao processo da mente concreta (por isso a necessidade de equilíbrio).
Quando você ensina a mente a não se afogar no "pesado medido e contado" do dia-a-dia, ensina a mente concreta a se aproximar do superior abstrato, que a lógica divina, que não é lógica da divindade, é a lógica do humano que transcendeu a mente concreta e age baseado no abstrato, pois nele então se constrói a lógica divina, lógica essa que não existiria somente com a divindade mas sim com a interação do humano, concreto, e o divino, abstrato.
Então para o humano, lógica baseada naquilo que recebi do entorno através dos cinco sentidos (pesar, medir, contar e emitir conceito) e a lógica divina (humana) baseia-se naquilo não aprendido pelos cinco sentidos, na intuição!
Então quando eu decido que a minha lógica não mais estará presa ao que eu percebo efetivamente, a minha intuição se torna a forma com que os comandos de interação com o meio vão funcionar.
Em vez de eu interagir com meio por kharma indriani, só através daquilo que eu vi pelos 5 filtros, eu passo a agir conforme o todo! Em interação com tudo, e assim tenho acesso a tudo que há de disponível universalmente pois não preciso mais da limitante sensorial para entender e computar algo.
E aí então surgem apenas diretivas para me guiar na interação com o todo, quais diretivas são essas?
Dharma, adharma e kharma.
Quando eu consigo administrar, serenar, dar conta, separar o que é emoção e fazer com que a lógica aja sem que arraste junto emoção, sem que emoção turve a verdade, conceitos, sem que emoção me impeça de buscar a verdade, sem que religião ou ciência turvem minha visão de mundo, meus conceitos e o comando da minha vida sai do astral, sai da racionalidade e passa a se basear na abstração, quando eu consigo emitir conceitos baseados na abstração, o abstrato passa a ser tão concreto quanto o meio que me cerca, então ao invés de usar os cinco sentidos para captar as vibrações do entorno, eu utilizo os cinco sentidos para captar as vibrações das energias fundamentais que vão gerar a incidência de matéria nos sete planos.
Então o ponto central:
A lógica humana e a lógica divina são vistas hoje como coisas diferentes pois o humano considera o abstrato como algo divino, mas na verdade faz parte de tudo e todos. a mente abstrata e a mente concreta pertencem ao ser humano, é necessário reaver e juntar os dois, como fazer isso?
Preciso fazer com que a mente concreta se desancorar do astral para que a racionalidade se aproxime da abstração e na abstração está a intuição, na intuição está amor-sabedoria e eis a mente divina.
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