Se você não sabe o que é clickbait talvez não esteja tão naturalizado com a terminologia das publicações de internet, mas não é nada difícil de entender. Em tradução direta, clickbait seria uma "isca de cliques" utilizada na "pescaria" das redes sociais. É basicamente utilizar um título para o link que leva ao seu site que seja chamativo e apelativo, normalmente apelando para a curiosidade ou medo.
A geração mais nova, composta por pessoas nascidas após a virada do século e imersas na internet, já demostra desgostar a prática. E a forma como esse desgosto se traduz é justamente fazendo o oposto daquilo que os criadores de clickbait desejam: elas deixam de clicar e ultimamente deixam de acompanhar as páginas que utilizam demasiadamente esse tipo de artifício.
O clickbait é visto como um golpe baixo ao livre acesso de informação na internet, é uma prática puramente comercializada, como uma armadilha feita para você, leitor, cair.
Sabemos que há uma grande demografia na internet com a qual os clickbaits funcionam muito bem, afinal, os números falam por si. Mas os dias em que a vasta maioria do mercado irão lhe enxergar como um panaca por usar demasiadamente essa estratégia de medo por cliques estão chegando.
Veja bem, não é só uma mudança no que tange o aspecto "clicar ou deixar de clicar", mas uma revolução a respeito da forma como o público em geral enxerga a utilização das mídias sociais que ao passo que crescem em fotos de comida e selfies em festas, também crescem em textões de posicionamento político, crítico e ativismo social.
Mesmo que alguns insistam em enxergar as gerações mais novas como promíscuas e ignorantes, há uma grande parcela que já vem finamente sintonizada às tecnologias em sua mais bela utilização e adaptadas para perceber, ainda que através da prática e erro, as mentiras, bobagens e armadilhas criadas por aqueles que só visam o lucro.
O ponto não é deixar de utilizar as ferramentas que estão disponíveis, mas apenas utiliza-las de forma real e verdadeira! Seja honesto. Claro, evoque algo de curiosidade, isso é fundamental, da mesma forma que um bom cozinheiro utiliza o aroma do prato para instigar o paladar antes do almoço. Utilize o interesse dos outros a seu favor, mas de forma sincera.
Se você trabalha com mídias sociais, como eu mesmo trabalho, pense da seguinte forma: dê preferência para a qualidade da interação com o público que você está lidando, mesmo que seu trabalho seja para marcas, do que dar maior atenção aos números e a quantidade que no fim das contas só servem para impressionar as pessoas que não sabem lidar com esses movimentos de internet.
Mas como praticar essa mudança?
Bom, um contexto muito simples é colocar em mente que a mudança e o bom sucesso se dá não no aumento dos números gerados pelos seus posts mas de fato no aumento da qualidade do seu material de trabalho!
Convenhamos, reunir dez coisas aleatórias e intitular "se você quer melhorar de vida, faça essas 10 coisas" não é lá o ápice da escrita para internet! Não é único e nem uma prática incomum, afinal não se teria desenvolvido um nome exatamente para definir essa estratégia.
Não seja um pescador!
O interessante é que essa prática leva para uma cada vez maior falta de imaginação e criatividade pois na maioria das vezes são materiais gerados por retroalimentação nas bolhas da internet. Você quer escrever sobre assunto X, você buscar o assunto X, pega os dez primeiros resultados de assunto X, escreve repetindo o conteúdo achado e espera então colocar-se entre os próximos dez primeiros resultados da próxima pessoa que pesquisará sobre o assunto X. Tem pouca lógica!
Aliás, essa prática é muito comum em blogs sobre lifestyle, e na melhor das intensões acabam gerando distopias e criando pessoas acostumadas a leitura por tópicos, colabora para que as pessoas se desacostumem a acompanhar uma narrativa e ainda, normalmente, parte do pressuposto de que existe uma carapuça que sirva todos. Como se tais dicas, que mesmo que tenham sido desenvolvidas por você e não copiadas, sirvam exatamente para o dia-a-dia do leitor.
Falando em "leitor", você pode considerar-se um escritor por compilar uma série de conhecimentos e postar em um blog gerando um número de cliques? Claro que pode, mas não vai fazer ser verdade! Isso não é uma pregação ao absoluto banimento de listas, clickbaits e criação de matérias baseadas em outras matérias, mas sim um toque para que você utilize de forma concisa e apenas quando necessária e usual para os fins da comunicação! Na realidade, é uma pregação pelo fim do web publishing focado apenas em números e metrificação! Chega de automatização, os criativos de internet hoje em dia parecem robôs que apenas regurgitam para suas criações os assuntos mais lidos e comentados sem antes pensar na qualidade e no porquê fazer aquilo, a não ser que seja pro números e uma falsa sensação de realização por aumentar 1 para 3% a interação de seus posts.
É preciso ter substância!
Vejamos, as clickbaits são baseadas em curiosidade, e aí entram as listas, as chamadas para ação (você não vai acreditar no que...) e outros tipos, mas um tipo de clickbait também muito comum é o apelativo à emoções. São títulos de matérias ou anúncios puros, você já deve ter visto algo do tipo "as empresas odeiam ele", ou em algum sites de esporte "eu odeio fulano de tal", na expectativa do clique e posterior leitura da matéria.
Mas analise bem os resultados, ou mesmo que você não seja um analista de métricas, apenas busque algum compartilhamento de notícia no Facebook e perceba como a reação das pessoas se dá muito mais ao título da matéria do que o próprio conteúdo. Se acompanhar com frequência perceberá que na maioria das vezes as reações se dão unicamente ao título, por exemplo, quando há matérias em que o título só busca atenção e a matéria contradiz ironicamente aquilo que o título pregou, você verá comentários revoltosos e respostas do tipo "você ao menos leu a matéria?". Pois veja só, isso é mais culpa do publicador que do leitor. Dar um título contraditório por ibope não tem gerado os melhores resultados. Quero dizer, com certeza seu número de cliques ou hovers vai aumentar, afinal as pessoas adoram drama, mas estude se as pessoas estão realmente lendo até o final o seu artigo, você vai se surpreender com o resultado. Perceba também que a probabilidade das suas interações aumentarem apenas através do ódio gerado pelo seu título e não pela qualidade da sua escrita serão maiores.
Aprenda uma coisa: o clickbait só surgiu porque as pessoas tendem a dar atenção ao título. Mas se você só der atenção ao título, as pessoas não lerão a sua matéria!
E o que é dar atenção demais ao título do post? Como reconhecer?
Podemos listar uma série de características típicas dos compartilhamentos de clickbait, são elas:
Posições extremadas e emocionais - A chamada carrega expressões como "você vai amar o que..." ou "você vai odiar...", o clickbait trabalha a agonia que as pessoas tem de sentirem-se entediadas.
Palavras de gatilho - xingamentos, profanidades, palavras que seriam utilizadas normalmente em uma conversa de amigos em uma mesa de bar, por exemplo "cinco motivos porque Pilates é um saco!"
Justaposição do randômico - Elementos ridiculamente distantes unidos sem contexto, são basicamente as macroideias retiradas do texto, normalmente agrupadas em três ou predispostas como alguma introdução geral, por exemplo "Sobre o verão", ou "Samba, suor e sacanagem".
Receitas para o sucesso - "Receita para, o que fazer quando, como fazer que, dez formas de, cinco coisas para"... Iluminação, empreendedorismo, emagrecer, tornar-se milionário, lanchinho da tarde, melhorar no sexo, dizer como, quando, porque e quanto é sempre um gatilho que trabalha a necessidade da maioria em descobrir atalhos.
Agressão - "A sua geração estragou tudo" é uma forma fácil e rápida de conseguir atenção para o seu texto de ódio.
Alarmismo pessoal - "Porque tomar vinho todos os dias melhora sua vida", "a fruta que as farmácias odeiam!", a maioria das pessoas está disposta a descobrir melhores formas de viver, e assim muito se aproveitam para ganhar cliques.
"Grátis" - Não basta mostrar como, diga que é de graça e as pessoas vão clicar.
Numerologia - Da mesma forma que o preço quebrado na prateleira faz parecer que 2,99 é melhor que 3,00. Números tem um certo apelo ao leitor. Por exemplo, "8 coisas que travam a sua criatividade", ou "20 formas de melhorar, você não vai acreditar na número 13".
Desafios - Como citada na anterior "você não vai acreditar", "você consegue descobrir?", "90% das pessoas não sabem..."
Gatos, cachorros e animais fofinhos - Não há porque explicar, estes são os pontos fracos da internet.
Mas lembre-se do ponto principal aqui!
A maioria das pessoas que você atrai por colocar um título de pescaria reagirá apenas ao seu título de pescaria! As chances são de que sequer lerão a sua matéria. Fato é que as pessoas estão cada vez menos atentas aos textos e se dedicam cada vez menos a leitura, especialmente quando percebem que a sua escrita passou das três linhas iniciais e se tornou no famigerado "textão". Mas aqui há o divisor. Ou você percebe isso e utiliza ao favor de desenvolver novas técnicas de qualidade na escrita, ou você se entrega a pescaria de cliques, faz matérias de qualidade duvidosa, senta e chora, pois ainda assim corre o mesmo risco de não ser lido, ou se lido, incompreendido.
Por enquanto esse blablabla sobre clickbaits parece ser apenas uma opinião. E de fato, é. Mas podemos desenvolver alguma ciência por trás da prática. O que estamos tentando mostrar aqui é que a criação para internet tem se tornado cada vez mais formuláica, cada vez mais matemática, e cada vez menos pessoal! As pessoas estão deixando de gerar conteúdo a partir de um insight, mas gerando conteúdo a partir da vontade de receber milhões de compartilhamentos, milhões de curtidas e milhões em dinheiro. Não há o que negar, a internet 2.0, ou web social e suas mídias foram criadas exatamente para isso, gerar números, mas precisamos reescrever essa programação feita em nossa cabeça por nós mesmos.
Dê uma rápida passada por qualquer mídia social, observe a timeline do seu Facebook, vá ao Medium e veja os posts mais lidos do dias, veja os trending topics do Twitter. Você consegue ver os padrões? Percebe os assuntos em comum? Percebe a didática por trás dos posts e a sistemática necessidade de atração de cliques?
A geração mais nova, composta por pessoas nascidas após a virada do século e imersas na internet, já demostra desgostar a prática. E a forma como esse desgosto se traduz é justamente fazendo o oposto daquilo que os criadores de clickbait desejam: elas deixam de clicar e ultimamente deixam de acompanhar as páginas que utilizam demasiadamente esse tipo de artifício.
O clickbait é visto como um golpe baixo ao livre acesso de informação na internet, é uma prática puramente comercializada, como uma armadilha feita para você, leitor, cair.
Sabemos que há uma grande demografia na internet com a qual os clickbaits funcionam muito bem, afinal, os números falam por si. Mas os dias em que a vasta maioria do mercado irão lhe enxergar como um panaca por usar demasiadamente essa estratégia de medo por cliques estão chegando.
Veja bem, não é só uma mudança no que tange o aspecto "clicar ou deixar de clicar", mas uma revolução a respeito da forma como o público em geral enxerga a utilização das mídias sociais que ao passo que crescem em fotos de comida e selfies em festas, também crescem em textões de posicionamento político, crítico e ativismo social.
Mesmo que alguns insistam em enxergar as gerações mais novas como promíscuas e ignorantes, há uma grande parcela que já vem finamente sintonizada às tecnologias em sua mais bela utilização e adaptadas para perceber, ainda que através da prática e erro, as mentiras, bobagens e armadilhas criadas por aqueles que só visam o lucro.
O ponto não é deixar de utilizar as ferramentas que estão disponíveis, mas apenas utiliza-las de forma real e verdadeira! Seja honesto. Claro, evoque algo de curiosidade, isso é fundamental, da mesma forma que um bom cozinheiro utiliza o aroma do prato para instigar o paladar antes do almoço. Utilize o interesse dos outros a seu favor, mas de forma sincera.
Se você trabalha com mídias sociais, como eu mesmo trabalho, pense da seguinte forma: dê preferência para a qualidade da interação com o público que você está lidando, mesmo que seu trabalho seja para marcas, do que dar maior atenção aos números e a quantidade que no fim das contas só servem para impressionar as pessoas que não sabem lidar com esses movimentos de internet.
Mas como praticar essa mudança?
Bom, um contexto muito simples é colocar em mente que a mudança e o bom sucesso se dá não no aumento dos números gerados pelos seus posts mas de fato no aumento da qualidade do seu material de trabalho!
Convenhamos, reunir dez coisas aleatórias e intitular "se você quer melhorar de vida, faça essas 10 coisas" não é lá o ápice da escrita para internet! Não é único e nem uma prática incomum, afinal não se teria desenvolvido um nome exatamente para definir essa estratégia.
Não seja um pescador!
O interessante é que essa prática leva para uma cada vez maior falta de imaginação e criatividade pois na maioria das vezes são materiais gerados por retroalimentação nas bolhas da internet. Você quer escrever sobre assunto X, você buscar o assunto X, pega os dez primeiros resultados de assunto X, escreve repetindo o conteúdo achado e espera então colocar-se entre os próximos dez primeiros resultados da próxima pessoa que pesquisará sobre o assunto X. Tem pouca lógica!
Aliás, essa prática é muito comum em blogs sobre lifestyle, e na melhor das intensões acabam gerando distopias e criando pessoas acostumadas a leitura por tópicos, colabora para que as pessoas se desacostumem a acompanhar uma narrativa e ainda, normalmente, parte do pressuposto de que existe uma carapuça que sirva todos. Como se tais dicas, que mesmo que tenham sido desenvolvidas por você e não copiadas, sirvam exatamente para o dia-a-dia do leitor.
Falando em "leitor", você pode considerar-se um escritor por compilar uma série de conhecimentos e postar em um blog gerando um número de cliques? Claro que pode, mas não vai fazer ser verdade! Isso não é uma pregação ao absoluto banimento de listas, clickbaits e criação de matérias baseadas em outras matérias, mas sim um toque para que você utilize de forma concisa e apenas quando necessária e usual para os fins da comunicação! Na realidade, é uma pregação pelo fim do web publishing focado apenas em números e metrificação! Chega de automatização, os criativos de internet hoje em dia parecem robôs que apenas regurgitam para suas criações os assuntos mais lidos e comentados sem antes pensar na qualidade e no porquê fazer aquilo, a não ser que seja pro números e uma falsa sensação de realização por aumentar 1 para 3% a interação de seus posts.
É preciso ter substância!
Vejamos, as clickbaits são baseadas em curiosidade, e aí entram as listas, as chamadas para ação (você não vai acreditar no que...) e outros tipos, mas um tipo de clickbait também muito comum é o apelativo à emoções. São títulos de matérias ou anúncios puros, você já deve ter visto algo do tipo "as empresas odeiam ele", ou em algum sites de esporte "eu odeio fulano de tal", na expectativa do clique e posterior leitura da matéria.
Mas analise bem os resultados, ou mesmo que você não seja um analista de métricas, apenas busque algum compartilhamento de notícia no Facebook e perceba como a reação das pessoas se dá muito mais ao título da matéria do que o próprio conteúdo. Se acompanhar com frequência perceberá que na maioria das vezes as reações se dão unicamente ao título, por exemplo, quando há matérias em que o título só busca atenção e a matéria contradiz ironicamente aquilo que o título pregou, você verá comentários revoltosos e respostas do tipo "você ao menos leu a matéria?". Pois veja só, isso é mais culpa do publicador que do leitor. Dar um título contraditório por ibope não tem gerado os melhores resultados. Quero dizer, com certeza seu número de cliques ou hovers vai aumentar, afinal as pessoas adoram drama, mas estude se as pessoas estão realmente lendo até o final o seu artigo, você vai se surpreender com o resultado. Perceba também que a probabilidade das suas interações aumentarem apenas através do ódio gerado pelo seu título e não pela qualidade da sua escrita serão maiores.
Aprenda uma coisa: o clickbait só surgiu porque as pessoas tendem a dar atenção ao título. Mas se você só der atenção ao título, as pessoas não lerão a sua matéria!
E o que é dar atenção demais ao título do post? Como reconhecer?
Podemos listar uma série de características típicas dos compartilhamentos de clickbait, são elas:
Posições extremadas e emocionais - A chamada carrega expressões como "você vai amar o que..." ou "você vai odiar...", o clickbait trabalha a agonia que as pessoas tem de sentirem-se entediadas.
Palavras de gatilho - xingamentos, profanidades, palavras que seriam utilizadas normalmente em uma conversa de amigos em uma mesa de bar, por exemplo "cinco motivos porque Pilates é um saco!"
Justaposição do randômico - Elementos ridiculamente distantes unidos sem contexto, são basicamente as macroideias retiradas do texto, normalmente agrupadas em três ou predispostas como alguma introdução geral, por exemplo "Sobre o verão", ou "Samba, suor e sacanagem".
Receitas para o sucesso - "Receita para, o que fazer quando, como fazer que, dez formas de, cinco coisas para"... Iluminação, empreendedorismo, emagrecer, tornar-se milionário, lanchinho da tarde, melhorar no sexo, dizer como, quando, porque e quanto é sempre um gatilho que trabalha a necessidade da maioria em descobrir atalhos.
Agressão - "A sua geração estragou tudo" é uma forma fácil e rápida de conseguir atenção para o seu texto de ódio.
Alarmismo pessoal - "Porque tomar vinho todos os dias melhora sua vida", "a fruta que as farmácias odeiam!", a maioria das pessoas está disposta a descobrir melhores formas de viver, e assim muito se aproveitam para ganhar cliques.
"Grátis" - Não basta mostrar como, diga que é de graça e as pessoas vão clicar.
Numerologia - Da mesma forma que o preço quebrado na prateleira faz parecer que 2,99 é melhor que 3,00. Números tem um certo apelo ao leitor. Por exemplo, "8 coisas que travam a sua criatividade", ou "20 formas de melhorar, você não vai acreditar na número 13".
Desafios - Como citada na anterior "você não vai acreditar", "você consegue descobrir?", "90% das pessoas não sabem..."
Gatos, cachorros e animais fofinhos - Não há porque explicar, estes são os pontos fracos da internet.
Mas lembre-se do ponto principal aqui!
A maioria das pessoas que você atrai por colocar um título de pescaria reagirá apenas ao seu título de pescaria! As chances são de que sequer lerão a sua matéria. Fato é que as pessoas estão cada vez menos atentas aos textos e se dedicam cada vez menos a leitura, especialmente quando percebem que a sua escrita passou das três linhas iniciais e se tornou no famigerado "textão". Mas aqui há o divisor. Ou você percebe isso e utiliza ao favor de desenvolver novas técnicas de qualidade na escrita, ou você se entrega a pescaria de cliques, faz matérias de qualidade duvidosa, senta e chora, pois ainda assim corre o mesmo risco de não ser lido, ou se lido, incompreendido.
Por enquanto esse blablabla sobre clickbaits parece ser apenas uma opinião. E de fato, é. Mas podemos desenvolver alguma ciência por trás da prática. O que estamos tentando mostrar aqui é que a criação para internet tem se tornado cada vez mais formuláica, cada vez mais matemática, e cada vez menos pessoal! As pessoas estão deixando de gerar conteúdo a partir de um insight, mas gerando conteúdo a partir da vontade de receber milhões de compartilhamentos, milhões de curtidas e milhões em dinheiro. Não há o que negar, a internet 2.0, ou web social e suas mídias foram criadas exatamente para isso, gerar números, mas precisamos reescrever essa programação feita em nossa cabeça por nós mesmos.
Dê uma rápida passada por qualquer mídia social, observe a timeline do seu Facebook, vá ao Medium e veja os posts mais lidos do dias, veja os trending topics do Twitter. Você consegue ver os padrões? Percebe os assuntos em comum? Percebe a didática por trás dos posts e a sistemática necessidade de atração de cliques?
Comentários
Postar um comentário